Agentes da 39ª DP (Pavuna) do
Rio de Janeiro prenderam, na tarde desta segunda-feira (3), o hacker Newton
Cesar Rocha de Castro. O suspeito era o principal alvo que ainda estava solto
da "Operação Open Doors", que denunciou 237 integrantes da quadrilha
responsável por desviar mais de R$ 30 milhões de contas bancárias, em 1 ano.
Segundo as investigações da
Polícia Civil, Newton seria o responsável por desenvolver os programas
utilizados para invadir as contas das vítimas e liderava o núcleo de hackers do
grupo.
O homem estava escondido em
uma casa no bairro de Mirandópolis, em São Paulo, quando foi encontrado pelos
agentes do Rio de Janeiro. Ainda segundo informações da polícia, o hacker
planejava fugir para o Uruguai.
Operação Open Doors
Em setembro de 2018, 29
pessoas já haviam sido presas por suspeita de integrar a mesma quadrilha de
Newton, conforme mostrou uma reportagem do Jornal Hoje.
Na ocasião, 43 mandados de
prisão e mais de 40 de busca e apreensão foram executados em sete estados do
país. Ao todo, 237 suspeitos foram denunciados.
Entre os envolvidos estava o
cantor sertanejo Rick Ribeiro, que também foi preso por suspeita de hackear
sistemas e usar os recursos para financiar seus clipes.
Segundo a investigação, o
cantor comprava carros de luxo com o que era roubado. Um dos veículos foi
avaliado em R$ 500 mil. Ainda segundo a polícia, outros integrantes da
quadrilha também ostentavam dinheiro do esquema na internet.
No RJ, as ações se concentram
em Vargem Grande e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste; e nos municípios
de Barra Mansa, Volta Redonda e Angra dos Reis. Os envolvidos responderão por
lavagem de dinheiro, furto qualificado e organização criminosa.
A operação é da Polícia Civil
e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro.
Como funcionava o golpe
De acordo com as investigações
da 90ª DP (Barra Mansa), o grupo tinha como “vítimas” tanto pessoas físicas,
quanto grandes empresas.
Segundo a polícia, o grupo
atuava no Sul Fluminense há mais de uma década, mais precisamente em Barra
Mansa. Com acesso a dados cadastrais sigilosos, os suspeitos entravam em
contato com as vítimas ou até mesmo departamentos jurídicos de grandes empresas
e se passavam por funcionários de bancos.
Daí em diante, os criminosos
forjavam um processo de atualização de cadastro. Com direito a número de
protocolo, as vítimas eram direcionadas para uma página clonada e “hackers”
tinham acesso a dados sigilosos. Em posse de senhas, os golpes levavam no
máximo 20 minutos, tempo suficiente para que quantias altas fossem transferidas
para diversas contas de “laranjas”.
Outra parte da quadrilha,
então, entrava em ação, seguindo até agências bancárias para efetuar saques.
Uma grande empresa do ramo de planos de saúde, por exemplo, sofreu golpes
estimados em R$ 500 mil. Os criminosos levavam menos de dez minutos para fazer
as transferências.
Fonte: G1
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