Estima-se que 2 milhões de
ciberataques em 2018 tenham custado mais de 45 bilhões de dólares em todo o
mundo, no momento em que os governos locais lutam para lidar com este tipo de
atividade criminosa, informa um estudo publicado nesta terça-feira.
Segundo a Aliança para a
Confiança Online da Sociedade Internet, que compila dados dos Estados Unidos e
de outras fontes internacionais, os ataques do tipo ransomware custaram 8
bilhões de dólares. Esses ataques consistem em roubar dados de um utilizador
via malware antes de exigir um resgate em troca do desbloqueio dos dados.
As autoridades também são
vítimas, e cidades americanas como Atlanta, Georgia, Baltimore e Maryland
tiveram que reconstruir toda a sua rede informática.
Se o número de ataques deste
tipo caiu 20% em relação a 2017, as perdas financeiras aumentaram 60%.
Grandes perdas também foram
provocadas por fraudes implicando o roubo de endereços eletrônicos de
indivíduos ou de empresas, uma técnica conhecida como “phishing” – enviar
e-mails contendo um link corrompido ou um documento infectado -, alcançando 1,3
bilhão de dólares.
Ataques do tipo “crypjacking”,
o garimpo ou fabricação clandestina de moedas virtuais, como o bitcoin, através
da infiltração de um servidor, um computador ou um smartphone, também foram
lucrativos.
Vários especialistas em
segurança descobriram 6.515 violações de computadores que expuseram 5 bilhões
de arquivos em 2018, um pouco menos do que em 2017.
Mas, para Jeff Wilbur, diretor
técnico da aliança, as estimativas do relatório são conservadoras porque muitos
ataques não são relatados.
O relatório sugere que os
cibercriminosos estão se tornando mais sofisticados para atacar suas vítimas,
mas também observa que muitos ataques poderiam ter sido evitados com uma
segurança informática mais eficaz.
“O impacto financeiro do
cibercrime cresceu significativamente”, disse Wilbur, que assegurou que “os
cibercriminosos estão se tornando mais hábeis em se beneficiar de seus
ataques”.
Wilbur destacou que enquanto
alguns incidentes evidenciam as habilidades crescentes dos atacantes, os
métodos têm sido consistentes ao longo dos anos, geralmente induzindo alguém a
responder ou clicar em links falsos.
“Ouvimos falar sobre ataques
super sofisticados, mas a maioria não é tão sofisticada”, ressaltou.
Este estudo, que coleta dados
de empresas de segurança informática como Symantec e Trend Micro ou de agências
governamentais como a Polícia Federal americana (FBI), é publicado no mesmo dia
que um relatório do ministério do Interior da França dando destaque ao aumento
de campanhas de ransomware visando grandes empresas “com capacidade de pagar”
somas “muito altas”.
Fonte: ISTOÉ Dinheiro
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