No Ministério Público a ordem
é trocar o WhatsApp e o Telegram pelo software de comunicação e-Space,
desenvolvido internamente e lançado em dezembro do ano passado, que até o
momento, não teria sido violado por supostos ataques hackers e é usado para dar
segurança às ligações fixas e móveis na Procuradora Geral da República. A
decisão de impor o aplicativo e-Space aos servidores foi divulgada nesta
terça-feira, 02/07, em relatório assinado pela procuradora-geral da República,
Raquel Dodge.
A medida foi oficializada em
despacho na conclusão do Procedimento Administrativo instaurado em 14 de maio,
após relatos de integrantes da Força-Tarefa Lava Jato em Curitiba e no Rio de
Janeiro de supostas invasões nas suas contas mantidas no aplicativo Telegram e
da divulgação do conteúdo dessas mensagens no site The Intercept. Conduzido
pela Secretaria de Tecnologia de Informação e Comunicação (Stic), com apoio da
Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), o procedimento concluiu que
os' ataques e comprometimentos' ocorreram em soluções hospedadas e mantidas
fora da infraestrutura do Ministério Público Federal (MPF).
No despacho, Raquel Dodge
destaca que a conclusão dos trabalhos técnicos afastou situação de fragilidade
da segurança institucional do Ministério Público Federal e comprovou que nenhum
sistema disponibilizado pelo Ministério Público da União foi alvo de invasões
ou ataques cibernéticos de qualquer natureza. “Observo, no entanto, que há
indicação técnica para adoção da solução e-Space, dispositivo que integra o
serviço de comunicação e colaboração unificada, adotado pelo Órgão para tornar
seguras as comunicações móveis e fixas por videoconferência ou mensageria. Esta
ferramenta utiliza infraestrutura própria e criptografia devidamente
certificada pelo MPF”, completou.
Raquel Dodge determinou ainda
a edição de portaria para disciplinar o uso da ferramenta por membros e
servidores. Como ainda não há portaria, o servidor que não usar o e-Space não
está passível de punição.
Fonte: Convergência Digital
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