Informações
pessoais de 92 milhões de brasileiros foram hackeadas e estão à venda
na internet, segundo reportou o site especializado Beeping Computer.
Dados como nome, endereço, sexo, data de nascimento e número de CPF de brasileiros são vendidos em diversos canais na dark
web –zona da internet que não pode ser acessada por meio de mecanismos
de busca comuns, como o Google. Compilados de informações individuais de
uma pessoa em específico são vendidos por US$ 150. Bancos de dados que
compilam informações de 1 grande número de pessoas começaram a ser
leiloados pelo preço inicial de US$ 16 mil.
O Beeping
Computer relatou que o vendedor das informações, registrado como
X4Crow, também anunciou 1 serviço de pesquisas voltado ao Brasil, no
qual detalhes sobre 1 indivíduo podem ser descobertos a partir de dados
iniciais mínimos. O acesso aos canais de venda é restrito, sendo
necessário 1 convite ou o pagamento de uma taxa para inscrição.
De onde vieram os dados?
A
suspeita é que os dados sejam referentes a registros de empresas. De
acordo com estimativas do IBGE, cerca de 93 milhões de pessoas estão
empregadas no país, número correspondente ao volume de informações
anunciadas pelo suposto hacker.
O
especialista em tecnologia Arthur Igreja, professor da Fundação Getúlio
Vargas, explica que a Polícia Federal é referência em rastreamento
digital, mas ainda é muito difícil ter acesso à origem desse vazamento.
Segundo Igreja, as informações podem ter sido obtidas a partir da
invasão da base de dados de algum órgão governamental ou por uma técnica
conhecida como crawling, na qual 1 algoritmo analisa o código de 1 site em busca de dados para, depois, classificá-los.
Para o especialista, o arquivamento de informações em 1 sistema como o Blockchain
–tecnologia que distribui informações descentralizadas como medida de
segurança– permitiria uma maior rastreabilidade dos dados, garantindo
transparência total das suas movimentações. Esse sistema, no entanto, é
oneroso. “Sua manutenção custa mais caro que as estruturas utilizadas
para fazer banco de dados“, diz.
Fonte: Poder 360
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